quinta-feira, 31 de maio de 2007

Cai no Real!

Diz-me o que farias, o que é que irias ser
quem é que serias se ninguém estivesse a ver?
Fora da fachada que nós damos a toda a gente
tento estar na rádio algo bem diferente!

Fora do teu emprego, foge do teu horário
tornas-te o esqueleto que guardei no armário...

Em casa, humilhado
No trabalho sais frustrado

Por todos enganado e ao volante o revoltado!

Cai no real, olhó respeito,
dá-me um sinal, vê se pões o ponto final...

Fora do real que te diz o que fazer,
Fora do normal não és quem dizes ser

Diz-me o que farias, o que é que irias ser,
quem é que serias se ninguém estivesse a ver!?

Cai no real, olhó respeito,
dá-me um sinal, vê se pões o ponto final...

Cai no real, olhó respeito,
dá-me um sinal, vê se pões o ponto final...


Cai no real, olhó respeito,
dá-me um sinal, vê se pões o ponto final...

Cai no real, olhó respeito,
dá-me um sinal, vê se pões o ponto final...

CAI NOOOOOOOOOOOOOO... Cai no Real.


"Espaço no Tempo"


Sei porque estou neste mundo,
Sei porque nasci e porque um dia hei-de morrer.

Sei porque respiro, porque ando, porque vejo, porque durmo e porque falo
Sei porque adoro sentir a música e o vento e
Sei porque estou aqui.
Sei porque adoro Pessoa e Alberto Caeiro.

Sei porque tenho uma mãe e um pai (sei porque me orgulho disso)
Sei porque vejo o céu quando deveria ver o chão
Sem chão eu voava, sem céu eu não poderia ver as estrelas e a noite a cair.

Palavra estranha, essa do "sei".
Sei é a primeira pessoa do verbo "saber", num tempo inexistente.
Sei o que é saber!

Sei quem sou, mas nunca me vi.

Os espelhos são apenas a reflexão do que não queremos ser
Uma espécie de optimismo pessimista e de pessimismo realista.

Sei porque enquadro a minha pessoa no espaço, o espaço no tempo e o tempo no nada.
Sei também que nada não é ausência de matéria, mas sim uma desmaterialização do tudo.

O meu tudo é tudo o que sei
como sei que sou feliz,
nunca consegui compreender nada do que sei.


David Akired, in Espaço no Tempo

I'm so tiny, I'm very small... And I am nothing.

im a little pea

i love the sky and the trees

im a teeny tiny


little ant

checking out this and that

and i am nothing

so you have nothing to hide

and im a pacifist

so i can fuck your shit up


oh yeah im small

fuck you asshole

you homophobic redneck dick

you're big and tough and macho

you can kick my ass

so fucking what...



quarta-feira, 30 de maio de 2007

Why Does My Heart Feel So Bad?

Why Does my heart,

Feel so bad?

Why does my Soul,

Feel so bad?

These open doors...

sábado, 26 de maio de 2007

Nós, a Vida e a Morte.

Vou experimentar o mundo.

Vou ser livre e vou escrever o que me apetecer.

Se quero ser pseudo-sábio, deixa-me ser.
Se quero observar o que está à minha frente e perguntar-te quem és tu, deixa-me perguntar.

Responde e surpreende-me.
Porque falas?
O que é falar?
Lembrei-me que falar é um gesto comunicativo.

Não sei porque é que a espécie humana desenvolveu tanto a sua comunicação, se ás vezes eu penso que se a palavra "merda" e suas derivantes não existissem era impossível de descrever o ser humano.

Por outro lado, poderia dizer que o mundo é belo. Mas não o é. O mundo não é um lugar de pura vida, pelo menos totalmente, porque nós estamos cá. Eu estou cá, tu estás cá. E os que morreram estão finalmente a cumprir a sua missão: criar matéria orgânica.

Ás vezes penso (e o que é pensar?) que o homem se sobrevaloriza: Um homem é atropelado e morre. Resultado: notícia de abertura nos telejornais.

E os outros animais? Alguém se lembra dos cães, dos patos, dos porcos, dos búfalos, das alfaces e dos mosquitos? Ah, desculpem... Lembram-se das baleias quando chegam à costa sem saber como as tirar de lá e dos leões quando fogem do Jardim Zoológico.

Eu sei que faz parte da vida na Terra matar os outros animais para sustento da nossa própria vida. Aí tiro a razão aos vegetarianos. Mas, sem conseguir explicar, dou-lhes a razão, vejo que eles são um exemplo da generosidade humana e que, sendo como eles, já vale a pena termos desenvolvido a comunicação, a afamada comunicação humana. Assim vejo o porquê de pensarmos e de falarmos.

Mas continuo sem perceber a estupidez dos humanos. Será qualidade fisiológica?

Vou lanchar. Só que agora lembrei-me: é impossível haver vida sem destruir outras: se Como um bife, mato uma vaca, se como pão, mato o trigo.

E agora? O que dizem os vegetarianos? Ao não comerem certos seres vivos, não estão a gerar desrespeito ao comerem os outros?

Espaço Ausente, Tempo Inexistente...

Para dar as boas vindas, e só para não soar mal, acabo de inaugurar este meu blog, Espaço no Tempo, acabando ao mesmo tempo de publicar o post mais concrecto que este blog irá alguma vez ter.
Trata-se de um tema Anónimo, Inexistente, Abstracto, Irreal e Real ao mesmo tempo. Para simplificar e para não baralhar ninguém, vou tentar especificar.
Após dois minutos a pensar, penso que a definição mais correcta para dar ao tema do Espaço no Tempo é... falar de todo o Mundo, ou simplesmente de algo que seja comum a todo o universo, estranhando, perguntando, estranhando e perguntando e estranhando tudo que anda à nossa volta. Incluíndo a estranheza à própria matéria, o porquê desta, o porquê de vocês estarem a conseguir transformar uma imagem com píxeis às corezinhas e luz à vossa frente numa mensagem transmitida ao vosso cérebro, e, posteriormente, em algo que poderá não servir para nada.
Parece complicado, mas quero deixar claro que não se vai aprender nem ciência, nem música, nem como ir de Buenos Aires até ao Chiado em menos de 2 horas, nem em mais de 2 séculos.
Pode-se sim, aprender a estranhar tudo, inclusivé a própria definição de "tudo", e também aprender a (in)utilidade de ler blogs de alguém que não conhecem de lado nenhum, seja em prosa, poesia, ou outro método literário do mais estúpido que há, criado por mim.
PS.: Não sei porque pus o texto "colado" à direita, talvez para quebrar a rotina, e porque me apeteceu.
Boas Leituras e Boas Audições!