No vídeoclip, estas duas músicas do extraordinário Moby constroem uma história que nos pode dar uma lição de vida, isto se vermos os vídeos na ordem que pus acima.
Na música, Sunday (the day before my birthday) é uma música de homenagem ao 9/11, o dia que mudou a história mundial e também o dia de aniversário deste artista... Vejamos a letra:
Estou farto de ver o dia a nascer, Estou farto de ver a noite a cair, Estou farto das manhãs, das tardes e das noites.
Porque não inventam um novo ciclo do dia?
Estou farto de acordar, Estou farto de adormecer. Estou farto de viver, mas ainda me fartaria mais se estivesse morto.
Porque não inventam um novo conceito de vida?
Estou farto de ver, me fartaria igual se fosse cego. Estou farto de ouvir, me fartaria igual se fosse surdo. Estou farto de falar e de estar calado.
Porque não podemos mudar de corpo?
Estou farto desta paisagem, Estou farto de ter a janela fechada, Estou farto de estar de pé, deitado, sentado, seja o que for.
Porque não podemos voar?
Estou farto de ser maluco, Estou farto de ser normal, Estou farto do estado Zen e da anastesia. Estou farto de ser igual, Estou farto de ser diferente, ainda não sei o que sou...
Porque não podemos criar um novo estado de espírito?
Estou farto desta lingua, Estou farto do mundo, Estou farto da lua e da Via Láctea. Estou farto deste universo ser triste, pequeno e moribundo.
Porque não podemos viajar no tempo?
Estou farto de escrever deus com letra maiúscula, Estou farto desta falsa polémica. Estou farto de rimar e de não rimar.
Porque não há outra forma de escrever?
Estou farto de me perguntar sobre isto e aquilo, Estou farto deste estúpido asilo, Estou farto de começar quase tudo por "E". Tou farto dssa ltra, ou talvez não.
Estou farto desta estúpida sinopse, cujo autêntico relativismo se entranha em pseudónimos, palavras difíceis e estupidezes. Estarei céptico? Estarei doente ou apenas pseudo-filósofo? Enfim...
Estou farto de estar farto e Estou farto de escrever.
Sonoridade espantosa, personalidade única, letra fabulosa, voz inteligívelmente maravilhosa, diria que não há palavras, ou adjectivos, até porque o grau máximo destes é apenas o superlativo... E só isso não chega:
Is this the real life? is this just fantasy?
Caught in a landslide, no escape from reality
Open your eyes, look up to the skies and see...
I'm just a poor boy, I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go, little high, little low
Anyway the wind blows, doesn't really matter to me...
to me
Mama, just killed a man, put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama oooh... Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on, as if nothing really matters
Too late, my time has come, sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody, I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth
Mama oooh (any way the wind blows)
I don't want to die, I sometimes wish I'd never been born at all
I see a little silhouetto of a man
Scaramouche, scaramouche, will you do the Fandango
Thunderbolt and lightning, very very frightening me
Galileo (Galileo)
Galileo (Galileo)
Galileo figaro (Magnifico)
But I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come easy go, will you let me go
Bismillah! No, we will not let you go, let him go
Bismillah! We will not let you go, let him go
Bismillah! We will not let you go, let me go
Will not let you go, let me go
Will not let you go let me go
No, no, no, no, no, no, no
Mama mia, mama mia, mama mia let me go
Beelzebub has a devil put aside for me, for me, for me
So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh baby, can't do this to me baby
Just gotta get out, just gotta get right out of here
Nothing really matters, anyone can see
Nothing really matters, nothing really matters to me
Diz-me o que farias, o que é que irias ser quem é que serias se ninguém estivesse a ver? Fora da fachada que nós damos a toda a gente tento estar na rádio algo bem diferente! Fora do teu emprego, foge do teu horário tornas-te o esqueleto que guardei no armário... Em casa, humilhado No trabalho sais frustrado Por todos enganado e ao volante o revoltado! Cai no real, olhó respeito, dá-me um sinal, vê se pões o ponto final... Fora do real que te diz o que fazer, Fora do normal não és quem dizes ser Diz-me o que farias, o que é que irias ser, quem é que serias se ninguém estivesse a ver!? Cai no real, olhó respeito, dá-me um sinal, vê se pões o ponto final... Cai no real, olhó respeito, dá-me um sinal, vê se pões o ponto final... Cai no real, olhó respeito, dá-me um sinal, vê se pões o ponto final... Cai no real, olhó respeito, dá-me um sinal, vê se pões o ponto final... CAI NOOOOOOOOOOOOOO... Cai no Real.
Sei porque estou neste mundo, Sei porque nasci e porque um dia hei-de morrer.
Sei porque respiro, porque ando, porque vejo, porque durmo e porque falo Sei porque adoro sentir a música e o vento e Sei porque estou aqui. Sei porque adoro Pessoa e Alberto Caeiro.
Sei porque tenho uma mãe e um pai (sei porque me orgulho disso) Sei porque vejo o céu quando deveria ver o chão Sem chão eu voava, sem céu eu não poderia ver as estrelas e a noite a cair.
Palavra estranha, essa do "sei". Sei é a primeira pessoa do verbo "saber", num tempo inexistente. Sei o que é saber!
Sei quem sou, mas nunca me vi.
Os espelhos são apenas a reflexão do que não queremos ser Uma espécie de optimismo pessimista e de pessimismo realista.
Sei porque enquadro a minha pessoa no espaço, o espaço no tempo e o tempo no nada. Sei também que nada não é ausência de matéria, mas sim uma desmaterialização do tudo.
O meu tudo é tudo o que sei como sei que sou feliz, nunca consegui compreender nada do que sei.
Se quero ser pseudo-sábio, deixa-me ser. Se quero observar o que está à minha frente e perguntar-te quem és tu, deixa-me perguntar.
Responde e surpreende-me. Porque falas? O que é falar? Lembrei-me que falar é um gesto comunicativo.
Não sei porque é que a espécie humana desenvolveu tanto a sua comunicação, se ás vezes eu penso que se a palavra "merda" e suas derivantes não existissem era impossível de descrever o ser humano.
Por outro lado, poderia dizer que o mundo é belo. Mas não o é. O mundo não é um lugar de pura vida, pelo menos totalmente, porque nós estamos cá. Eu estou cá, tu estás cá. E os que morreram estão finalmente a cumprir a sua missão: criar matéria orgânica.
Ás vezes penso (e o que é pensar?) que o homem se sobrevaloriza: Um homem é atropelado e morre. Resultado: notícia de abertura nos telejornais.
E os outros animais? Alguém se lembra dos cães, dos patos, dos porcos, dos búfalos, das alfaces e dos mosquitos? Ah, desculpem... Lembram-se das baleias quando chegam à costa sem saber como as tirar de lá e dos leões quando fogem do Jardim Zoológico.
Eu sei que faz parte da vida na Terra matar os outros animais para sustento da nossa própria vida. Aí tiro a razão aos vegetarianos. Mas, sem conseguir explicar, dou-lhes a razão, vejo que eles são um exemplo da generosidade humana e que, sendo como eles, já vale a pena termos desenvolvido a comunicação, a afamada comunicação humana. Assim vejo o porquê de pensarmos e de falarmos.
Mas continuo sem perceber a estupidez dos humanos. Será qualidade fisiológica?
Vou lanchar. Só que agora lembrei-me: é impossível haver vida sem destruir outras: se Como um bife, mato uma vaca, se como pão, mato o trigo.
E agora? O que dizem os vegetarianos? Ao não comerem certos seres vivos, não estão a gerar desrespeito ao comerem os outros?
Para dar as boas vindas, e só para não soar mal, acabo de inaugurar este meu blog, Espaço no Tempo, acabando ao mesmo tempo de publicar o post mais concrecto que este blog irá alguma vez ter.
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Trata-se de um tema Anónimo, Inexistente, Abstracto, Irreal e Real ao mesmo tempo. Para simplificar e para não baralhar ninguém, vou tentar especificar.
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Após dois minutos a pensar, penso que a definição mais correcta para dar ao tema do Espaço no Tempo é... falar de todo o Mundo, ou simplesmente de algo que seja comum a todo o universo, estranhando, perguntando, estranhando e perguntando e estranhando tudo que anda à nossa volta. Incluíndo a estranheza à própria matéria, o porquê desta, o porquê de vocês estarem a conseguir transformar uma imagem com píxeis às corezinhas e luz à vossa frente numa mensagem transmitida ao vosso cérebro, e, posteriormente, em algo que poderá não servir para nada.
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Parece complicado, mas quero deixar claro que não se vai aprender nem ciência, nem música, nem como ir de Buenos Aires até ao Chiado em menos de 2 horas, nem em mais de 2 séculos.
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Pode-se sim, aprender a estranhar tudo, inclusivé a própria definição de "tudo", e também aprender a (in)utilidade de ler blogs de alguém que não conhecem de lado nenhum, seja em prosa, poesia, ou outro método literário do mais estúpido que há, criado por mim.
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PS.: Não sei porque pus o texto "colado" à direita, talvez para quebrar a rotina, e porque me apeteceu.